Terceiro dia consecutivo no mar. O capitão explicou que rumámos para a Madeira para fugir a uma alta pressão que se estende do noroeste da península ibérica até quase a meio da nossa rota, mas agora estamos a seguir diretamente para oeste e depois para noroeste rumo aos Açores. Pelo que percebi, o caminho a direito não é necessariamente o mais rápido, sobretudo por causa do vento.
Estamos agora a navegar mais rapidamente, com vento da alheta. O nome desta mareação deve ter dado origem à expressão “pôr-se na alheta”, visto ser a mareação que permite velocidades mais elevadas.
O capitão diz que, se tivermos sorte, vamos conseguir passar antes da acalmia chegar à nossa rota. De todo o modo, está a ser muito agradável, a temperatura não desce abaixo dos 15 graus e durante o dia estão 17 graus. Mais umas semanas e, quando chegarmos às Caraíbas, vai dar para andar de biquíni!
É Santo António e sinto a falta das sardinhas…
Santas sardinhas
Pena não dar para assar uma sardinhas a bordo… com tanto peixe à volta, andamos a toque de latas de atum.