Fahrenheit 451, escrito por Ray Bradbury e publicado em 1953, é um clássico da literatura de ficção científica. A história tem lugar numa sociedade distópica onde os livros são proibidos e queimados por bombeiros, que têm a função de eliminar qualquer forma de pensamento crítico. O título refere-se à temperatura a que o papel pega fogo, equivalente a aproximadamente 233º Celsius, e simboliza a destruição do conhecimento. O protagonista, Guy Montag, é um bombeiro que começa a questionar o seu papel na sociedade após conhecer Clarisse, uma jovem que o inspira a refletir sobre a sua vida e o mundo ao seu redor, acabando por se rebelar e esconder livros para preservar o conhecimento.
Numa altura em que se começa a ver tentativas de censura, algumas delas em bibliotecas no Reino Unido e, menos supreendemente, nos Estados Unidos, é imprescindível defender a liberdade em espaços como as bibliotecas.
Nesta entrevista, Ray Brandbury conta a génese do livro, com detalhes que farão sorrir os mais sisudos.
Para aqueles que gostam de cinema, a abordagem minimalista e estilizada da adaptação feita por François Truffaut, em 1966, é uma interpretação visual única do romance, com Bernard Herrmann, o mesmo compositor de Psico, a assinar a banda sonora.